quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Perdido em Marte


“Não me deixe aqui, não me deixe só, estamos indo para Marte”*
Marte sempre foi uma obsessão pra raça humana, nenhum outro planeta do sistema solar causa tanto fascínio quanto o planetinha vermelho. A moral de Marte é tanta que, nas ficções científicas o único lugar que reina com criaturas inteligentes, além da Terra é claro, é Marte, e alienígenas virou sinônimo de marcianos, aquelas criaturinhas verdes que povoavam as séries e filmes a la Arquivo X.
Com tanta popularidade e referência por aí, é fácil cair no mais do mesmo, porém Perdido em Marte é surpreendente, a surpresa já se inicia na classificação do gênero do filme, o qual eu só fui descobrir após assistir o Globo de Ouro, quando Matt Damon ganhou como melhor ator de comédia, isso mesmo, Perdido em Marte é comédia, e das boas. Apesar de algumas pitadinhas de drama, para criar emoção e empatia do telespectador, Perdido em Marte é recheado de piadas, e das minhas favoritas, porque eu não suporto comédia, sério mesmo, é muito difícil a arte de fazer rir, acho até que os atores falam sobre isso, o quanto é difícil fazer comédia, porque é fácil cair no clichê e na comédia bobona que os americanos adoram fazer. Perdido em Marte me lembra o humor ácido e inteligente, por vezes sarcástico e negro, com uma misturinha de depressão, que só o Douglas Adams sabia fazer. É bom saber que existem frutos da escola de Adams.
Apesar de a exploração espacial ser um tema recorrente no cinema, desde Apollo 13 (acho que foi até o primeiro filme que eu gostei neste estilo) até o mais recente Interestelar, Perdido em Marte com certeza deixa uma marca única, apesar de como eu, você achar que é até uma história bem comum e previsível, posso te garantir que no final você vai estar como todo espectador clichê torcendo pra que Mark volte pra casa.
E se eles não voltarem, como diz Mônica Martelli: os homens são de Marte e é pra lá que eu vou.
Ou como diz a banda Versalle: Estamos indo para Marte (então espere a gente por aí Mark)! Se a trilha sonora for igual a do filme, com Space Oddity de David Bowie no fundo, vai ser demais!
Indicações ao OSCAR: Melhor filme, Melhor ator para Matt Damon, Melhor roteiro adaptado, Melhor design de produção, Melhor efeitos visuais, Melhor edição de som e Melhor mixagem de som


*trecho da música Marte da banda Versalle.


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