“Não me deixe aqui, não me deixe
só, estamos indo para Marte”*
Marte sempre foi uma obsessão pra
raça humana, nenhum outro planeta do sistema solar causa tanto fascínio quanto
o planetinha vermelho. A moral de Marte é tanta que, nas ficções científicas o
único lugar que reina com criaturas inteligentes, além da Terra é claro, é
Marte, e alienígenas virou sinônimo de marcianos, aquelas criaturinhas verdes
que povoavam as séries e filmes a la Arquivo X.
Com tanta popularidade e
referência por aí, é fácil cair no mais do mesmo, porém Perdido em Marte é surpreendente, a surpresa já se inicia na
classificação do gênero do filme, o qual eu só fui descobrir após assistir o
Globo de Ouro, quando Matt Damon ganhou como melhor ator de comédia, isso
mesmo, Perdido em Marte é comédia, e
das boas. Apesar de algumas pitadinhas de drama, para criar emoção e empatia do
telespectador, Perdido em Marte é
recheado de piadas, e das minhas favoritas, porque eu não suporto comédia,
sério mesmo, é muito difícil a arte de fazer rir, acho até que os atores falam sobre
isso, o quanto é difícil fazer comédia, porque é fácil cair no clichê e na
comédia bobona que os americanos adoram fazer. Perdido em Marte me lembra o humor ácido e inteligente, por vezes
sarcástico e negro, com uma misturinha de depressão, que só o Douglas Adams
sabia fazer. É bom saber que existem frutos da escola de Adams.
Apesar de a exploração espacial
ser um tema recorrente no cinema, desde
Apollo 13 (acho que foi até o primeiro filme que eu gostei neste estilo)
até o mais recente Interestelar, Perdido em Marte com certeza deixa uma
marca única, apesar de como eu, você achar que é até uma história bem comum e
previsível, posso te garantir que no final você vai estar como todo espectador
clichê torcendo pra que Mark volte pra casa.
E se eles não voltarem, como diz
Mônica Martelli: os homens são de Marte e é pra lá que eu vou.
Ou como diz a banda Versalle:
Estamos indo para Marte (então espere a gente por aí Mark)! Se a trilha sonora
for igual a do filme, com Space Oddity de David Bowie no fundo, vai ser demais!
Indicações ao OSCAR: Melhor
filme, Melhor ator para Matt Damon, Melhor roteiro adaptado, Melhor design de
produção, Melhor efeitos visuais, Melhor edição de som e Melhor mixagem de som
*trecho da música Marte da banda Versalle.
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