sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Jane Austen


Quem me conhece há um bom tempo e há pouco tempo também, sabe que eu sou uma brasileira de alma britânica. No trabalho muitas vezes fui zoada por preferir chá ao café e, toda vez que isso acontecia, minha mente cantarolava uma velha canção do Sting:" I don't drink coffee i take tea my dear, i like my toast done on one side" mas, diferente do Sting que era um english man in new york, sou uma inglesa tupiniquim. Adoro MPB, música popular brasileira e britânica também. E, como não podia deixar de ser minha estante literária está recheada de britânicos: J K Rowling, Shakespeare, Douglas Adams (o melhor escritor desta e de outras galáxias também) e recentemente entrou na lista uma britânica que, apesar de nunca ter lido, conhecia muito bem, e como não conhecer Jane Austen?
Meu primeiro contato com Jane (aposto que de muita gente também) foi o filme Orgulho e Preconceito, estrelado por Keira Knightley. então era quase uma heresia eu me intitular britânica de alma sem nunca ter passeado pelas histórias de papel desta romancista, era o mesmo que ser brasileira e nunca ter comido feijoada, ser rondoniense e não ter peixe no almoço de domingo, por isso, era preciso que 2015 não passasse sem Jane Austen.
E outubro foi escolhido, não para ler apenas um livro mas, para fazer uma verdadeira maratona Austen, tipo aquelas maratonas que a gente faz de série sabe?
Como eu já havia assistido o filme, o primeiro foi Orgulho e Preconceito, seguido pelo Razão e Sensibilidade (que na ordem do livro 3 em 1 que peguei emprestado era o primeiro) e por último Persuasão. E acabou sendo a maior sacada de gênio ter lido os livros nesta ordem. Explico o porquê. Orgulho e Preconceito conta a história de um casal que se adora mas odeia admitir que o amor existe, sabe aquela história, da música da Rihanna: And i hate that i love you so? Então, era isso, Elizabeth e o Sr. Darcy, um por orgulho e outro por preconceito não admitiam amar um ao outro. Em seguida veio Razão e Sensibilidade, como agir quando se ama alguém, com razão ou com sensibilidade? Qual o melhor comportamento, ser extremamente racional ou excessivamente sensível? A racionalidade pode levar a uma má interpretação de sentimentos e a sensibilidade exacerbada pode sufocar o objeto do afeto, então como agir?  Sendo Elinor ou Marianne, a Razão ou a Sensibilidade? E por fim, veio Persuasão, que é quando você coloca tudo a perder, até e principalmente, sua felicidade, por conta do que os outros falam e pensam, a respeito de você mas, especialmente, a respeito do escolhido(a), então, de repente, não mais que de repente, você é persuadido a deixar quem ama para trás, porém, o preço é alto pois, mesmo passando-se anos, um verdadeiro sentimento jamais é esquecido e superado, então há duas saídas: a infelicidade eterna ou a felicidade ali mais perto do que se imagina, é só engolir o Orgulho e o Preconceito, então o ciclo se fecha e a maratona também, e o felizes para sempre pode existir no final do livro e no início do dia seguinte...




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