domingo, 1 de março de 2015

O reverso da medalha/A senhora do jogo - Sidney Sheldon



Quando era adolescente Sidney Sheldon era um dos meus autores favoritos, recentemente ao me ver lendo um dos livros do Sheldon meu pai falou que em sua adolescência, o autor figurava entre os mais lidos por ele. Geração após geração, o autor americano encabeça a lista dos queridinhos entre os leitores. E não à toa, obviamente. O seu brilhantismo rompeu as barreiras da literatura e invadiu todas as formas de arte, dos palcos da Broadway às bilheterias de Hollywood, com uma parada nas lideranças de audiência da televisão mundial. Sidney era uma unanimidade, capaz de cair tanto nas graças do público quanto na crítica mais ferrenha, prova disso é a coleção de prêmios acumulados por onde passou: Oscar, Edgar Allan Poe e Tony, um feito inigualável.
Deliberadamente escolhi dois livros para demonstrar um pouco de seu brilhantismo. Ambos retratam a saga da família Blackwell, uma saga temperada com ódio, vingança, amor, traição e com reviravoltas incríveis, a lá mestre do suspense, fazendo com que você perca algumas noites de sono e só consiga fechar os olhos ao chegar na palavra FIM.
Outra prova de que o autor é único no que faz, é que, o segundo livro, A senhora do jogo, o qual retoma a história contada em O reverso da medalha,  não foi escrito por Sheldon e sim por Tilly Bagshawe, e apesar de toda a dignidade da autora ao retomar um trabalho de mestre, não é a mesma coisa, os elementos estão ali mas, todos conseguem perceber que trata-se de um aprendiz que segue os passos do mestre, alguns se tornam melhores até mas nunca tão bons quanto, pois nenhuma escrita é igual. Pode-se ter os mesmos ingredientes, a mesma receita, mas no final o bolo sai diferente, pois ele depende das mãos que o batem, assim como um livro depende das mãos que batem as teclas do laptop.
É maravilhoso quando, após a morte de um autor, o qual amamos profundamente, surge um livro que nos transporta novamente para aquele lugar, do qual estamos familiarizados e do qual sentimos tanta saudade, principalmente daquele frio na barriga, das noites insones até a última folha, pois quando um autor morre, morre com ele várias vidas, vários personagens, que nos faz doer o coração porque sabemos que nunca mais iremos tornar a vê-los, e quando contrariando todas as nossas convicções eles voltam, é indescritível, me senti assim com E tem outra coisa... Então, para resumo da ópera, Sidney Sheldon sempre vale a pena, seja em suas próprias palavras, seja na escrita dos outros.



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