No post anterior eu havia
comentado a similaridade entre As vantagens de ser invisível e O apanhador no
campo de centeio, o link tendo sido feito nada mais óbvio de que o meu próximo
post seria sobre As vantagens de ser invisível.
Abro aspas para dizer um pouco
sobre a similitude das duas obras. Ambas tem como personagem principal um
adolescente do gênero masculino (o que foge um pouco a regra, pois geralmente
são personagens femininas que possuem crises, vide TPM e outros distúrbios
sofridos por nós mulheres), a história é narrada em primeira pessoa, neste
caso, através do personagem principal da obra, além disso, têm-se duas obras
extremamente profundas, filosóficas e um pouco assustadoras a cerca da condição
humana.
Altamente recomendável para
estudantes ou profissionais da área da mente humana, deverá ser lido com certo
cuidado por pessoas que possuem crises semelhantes aos dos personagens
principais, sob pena de, infelizmente, termos assassinos que justificam seus
atos através de influências literárias, no post anterior coloquei o link de uma
matéria na qual há o relato do responsável pelo assassinato de John Lennon, em
que o mesmo alega que Apanhador no Campo de Centeio teria sido o argumento para
o cometimento do crime, abro um parênteses para dizer que poderia colocar aqui
o nome do assassino em questão, porém ao assistir um episódio da série Criminal
Minds, julgo totalmente válido de que as vítimas devem ser lembradas e não os
assassinos, jamais devemos mitifica-los ou denominar um caso com seu nome ou
nickname (o que é muito comum, como por exemplo, o caso do Zodíaco), pois em
sua psique, parte do prazer é associada a notoriedade alcançada através de seus
crimes.
Fazendo um pequeno desvio, ano
passado li a Biografia do Kurt Cobain (http://pipocorn.blogspot.com.br/2014/04/mais-pesado-que-o-ceu-uma-biografia-de.html), lembrei disto pois o
Charlie, o protagonista de As vantagens de ser invisível, cita o cantor em um
dos capítulos, e também porque Kurt era semelhante em certos aspectos ao
personagem, no sentido das crises depressivas e nas suas muitas formas de
escape. Lembro de ter me arrepiado e chorado diversas vezes com o livro pois
sou muito fã do artista que ele foi e me sinto um pouco melancólica pelo fato
de que a vida foi muito pesada com ele, mais pesada que o céu (o título da
biografia é realmente brilhante e traduz tudo), graças a Deus tive uma vida
muito boa, mas sempre fui considerada, desde o ensino médio uma pessoa triste,
e por ter esta característica, que muitas vezes nem sei explicar de onde veio
mas, as vezes sei totalmente sua fonte, livros como esses, além de sugar minhas
energias depois da leitura, me dá uma certa esperança, a de que nunca estamos
sós, seja em qual sentido for.
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