quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

As vantagens de ser invisível - Stephen Chbosky


No post anterior eu havia comentado a similaridade entre As vantagens de ser invisível e O apanhador no campo de centeio, o link tendo sido feito nada mais óbvio de que o meu próximo post seria sobre As vantagens de ser invisível.
Abro aspas para dizer um pouco sobre a similitude das duas obras. Ambas tem como personagem principal um adolescente do gênero masculino (o que foge um pouco a regra, pois geralmente são personagens femininas que possuem crises, vide TPM e outros distúrbios sofridos por nós mulheres), a história é narrada em primeira pessoa, neste caso, através do personagem principal da obra, além disso, têm-se duas obras extremamente profundas, filosóficas e um pouco assustadoras a cerca da condição humana.
Altamente recomendável para estudantes ou profissionais da área da mente humana, deverá ser lido com certo cuidado por pessoas que possuem crises semelhantes aos dos personagens principais, sob pena de, infelizmente, termos assassinos que justificam seus atos através de influências literárias, no post anterior coloquei o link de uma matéria na qual há o relato do responsável pelo assassinato de John Lennon, em que o mesmo alega que Apanhador no Campo de Centeio teria sido o argumento para o cometimento do crime, abro um parênteses para dizer que poderia colocar aqui o nome do assassino em questão, porém ao assistir um episódio da série Criminal Minds, julgo totalmente válido de que as vítimas devem ser lembradas e não os assassinos, jamais devemos mitifica-los ou denominar um caso com seu nome ou nickname (o que é muito comum, como por exemplo, o caso do Zodíaco), pois em sua psique, parte do prazer é associada a notoriedade alcançada através de seus crimes.

Fazendo um pequeno desvio, ano passado li a Biografia do Kurt Cobain (http://pipocorn.blogspot.com.br/2014/04/mais-pesado-que-o-ceu-uma-biografia-de.html), lembrei disto pois o Charlie, o protagonista de As vantagens de ser invisível, cita o cantor em um dos capítulos, e também porque Kurt era semelhante em certos aspectos ao personagem, no sentido das crises depressivas e nas suas muitas formas de escape. Lembro de ter me arrepiado e chorado diversas vezes com o livro pois sou muito fã do artista que ele foi e me sinto um pouco melancólica pelo fato de que a vida foi muito pesada com ele, mais pesada que o céu (o título da biografia é realmente brilhante e traduz tudo), graças a Deus tive uma vida muito boa, mas sempre fui considerada, desde o ensino médio uma pessoa triste, e por ter esta característica, que muitas vezes nem sei explicar de onde veio mas, as vezes sei totalmente sua fonte, livros como esses, além de sugar minhas energias depois da leitura, me dá uma certa esperança, a de que nunca estamos sós, seja em qual sentido for.


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