quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Crime e Castigo - Dostoiévski / Criminal Minds


Se workholic é a denominação para a pessoa viciada em trabalho.
Qual seria a minha definição?
Viciada em séries, tv seriesholic?
Viciada em livros, bookholic?
E nos dois, como fica?
Antes de acontecer o nó na minha cabeça e o nó linguístico, entre uma pausa e outra dos meus estudos, tenho tentado combinar minhas duas paixões na vida. Enquanto nada no meu mundo real acontece (mas isso é um blog e não um diário, apesar de a maioria dos posts terem a inspiração na real life), mergulho no submundo das páginas e das temporadas.
Influenciada pelo meu sonho profissional, comecei a acompanhar despretensiosamente a série de tv Criminal Minds, e já estou completamente apaixonada pelo B.A.U. (Behavioral Analysis Unit), sem falar que quando eu crescer, quero ser o Dr. Reid. Como ele, sou apaixonada pelos livros, e seria muito mais feliz se tivesse sua memória fotográfica, enquanto isso, tento devorar pelo menos dois livros por mês.
E foi, meio por acaso, que comecei a ler o livro Crime e Castigo de Dostoiévski, e qual foi a minha surpresa quando, em meio a um livro escrito em 1866 encontrei referências à psicologia do comportamento criminoso, e isso, séculos antes de equipes de agentes do FBI virarem modinha de tv ao som de The Who.*
Foi com uma avidez, um tanto quanto profissional, que li cada página dessa genialidade russa, e no embalo dos estudos, já tenho um livro na minha lista dos próximos: O apanhador no campo de centeio (considerado por muitos serial killers seu livro favorito).
Faço um pequeno desvio para comentar sobre a nova série da Globo sobre o tema: Dupla Identidade, primeiramente jogando confetes à autora Glória Perez pela coragem em abordar o tema depois de sua tragédia pessoal que comoveu a década de 90, segundo pela primordial atuação de Bruno Gagliasso, que faz jus à frase "não é apenas um rostinho bonito" e terceiro pela Rede Globo de Televisão, a qual não tem deixado nada a desejar na produção em relação às séries americanas sobre o universo dos serial killers.
Mas entre, produções americanas, brasileiras, eu tiro meu chapéu, quiçá futuramente o distintivo, à obra de Dostoiévski, que de maneira pioneira abordou um tema muito à frente do seu tempo. E é por isso, que no final das contas, sempre irei preferir os livros, que eles continuem ajudando os doutores Reids, seja os da ficção ou os da vida real a resolverem seus casos, e muito em breve espero fazer parte desse seletivo rol. 
Obrigada Dostoiévski.

*alusão à música de abertura da série de tv CSI, Who are you? da banda The Who


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