sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Salmão da Dúvida - Douglas Adams


Ao entrar na livraria em um final de tarde, mesmo com a luz se extinguindo aos poucos, uma luz fulgurante saltou do meu par de olhos ao ver Salmão da Dúvida em um canto obscuro da livraria em questão. Mais um livro do Douglas Adams pra ler!
Um dia desses um certo amigo meu disse que admirava meu fascínio por Douglas, pois procuro cada obra, literária ou não, só pra aplacar um pouco a dor de sua morte, e com ele a morte de tantos personagens únicos.
11  capítulos inteiros do livro em que ele trabalhava quando morreu.
Opa, campo minado.
Outra amiga me disse para não ler esse livro, pois ele não tinha fim e isso significava que eu não ia passar 2 ou 3 anos esperando a continuação, e sim minha vida inteira. Porém, eu sorri maliciosamente e respondi: E se eu o encontrar no além vida e ele me disser - você leu o Salmão da Dúvida? Se sim, posso te contar o final - Na dúvida...
Além disso, como disse, caço palavras escritas por Adams só para me pegar sorrindo sozinha e pensando: Os britânicos são demais. Sério.
Aliás, é importante frisar que Adams não acreditava em Deus e isso implica não acreditar em além vida, espero que ele esteja redondamente enganado pelo menos uma vez na vida, tem que estar, pois não seria justo, não mesmo. Se Douglas tinha um defeito, talvez seria esse. 
Uma vez li que ele disse que não entendia como pessoas inteligentes acreditavam em Deus. Meu caro Douglas, penso exatamente o contrário, como uma mente tão brilhante pode viver acreditando no nada? Isso é depressivo! Acho que você conviveu demais com Marvin, o robô maníaco depressivo do Guia do Mochileiro das Galáxias.
Retomando o livro, valeu a pena ler cada frase, porque valeu a pena cada riso. Durante a leitura vi que Adams nunca chegou a explicar o título do livro, mas agora ele faz todo o sentido.
Como um salmão que nada neste vasto oceano, nunca saberemos o final da aventura mais maluca de Dirk. Será uma duvida eterna. Jamais saberemos. Pelo menos não nessa vida...    

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