segunda-feira, 18 de agosto de 2014

1889 (Laurentino Gomes) e Esaú e Jacó (Machado de Assis)



Peço licença ao caro leitor deste blog para fazer um post dois em um, do tipo compre um e leve dois, ou melhor ainda, shampoo e condicionador no mesmo frasco.
Creio que, falando de dois, o post se reduzirá a metade, pois um complementa o outro, assim como a arte complementa a realidade, e vice versa.
Pois a leitura de um me levou ao outro, e o segundo completou o primeiro. Talvez a doçura de ler o segundo não teria sido a mesma sem a passagem do primeiro.
Mas, deixando-se de lado a entrada, pois a fome pede o prato principal, vamos aos livros deste post.
Seguindo minha saga, depois de ler 1808 e 1822, parti rumo ao terceiro e último livro de Laurentiano, abro um aspas para dizer que por mim ele poderia continuar falando sobre ditadura, diretas já, era Collor, finalizando ou retornando a Idade da PTedra. Por mim, Laurentiano, você pode assumir o pincel e quadro negro e ser meu professor particular de História. Eu, que já era fascinada pela disciplina, me tornei uma quase acadêmica lendo a trilogia real.
O último livro, trata-se da implantação da república no país, uma república disfarçada de ditadura, ou o inverso... Não muito distante do que meus olhos veem nos dias de hoje, mas esse não é um post político.
Fazendo o link para o maior romancista do mundo, na minha humilde opinião, o desejo de leitura de Esaú e Jacó, do monsenhor Machado de Assis, se deu exatamente na página 303, onde de maneira brilhante, o autor de 1889 ilustra o sentimento de estupefação dos brasileiros com a mudança de regime ao contar um trecho do romance Machadiano, exatamente o trecho do capítulo Pare no D.
E como este post tem uma certa reverencia por Machado de Assis, eu paro no D.
Não antes sem dizer, seja ficção ou realidade, seja estória ou história, ambos, Laurentiano e Machado, são leituras obrigatórias antes do amanhecer... Sem mais Delongas...   

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