domingo, 29 de junho de 2014

1822 - Laurentino Gomes



Já dizia Marcos Garvey: Um povo sem o conhecimento da sua história, origem e cultura é como uma árvore sem raízes.

Depois da Ciência, a disciplina de História, sempre foi uma de minhas favoritas. Vivo alardeando por aí, que um dia, por hobby, irei fazer faculdade de História, para adquirir conhecimento, puro e simplesmente. Entender os meus antepassados para entender a mim mesmo. Assim como a Ciência, a História retira a escuridão da ignorância, trazendo cada um de nós para um pouco mais perto da luz.
Essas disciplinas ajudam o ser, sempre inquieto em busca de respostas, a ter um pouco mais de paz, não plena, porém uma quietude no meio do caos, assim como o lugar mais tranquilo durante uma tormenta é exatamente no olho do furacão.
Enquanto não tenho a oportunidade de colocar meus sonhos em prática, devoro com um especial interesse, o meu mais novo calmante existencial.
Durante a escrita deste post, sobre o segundo livro da série de Laurentino Gomes, alcanço a página número 100 do último e terceiro livro (1889), mas esse é assunto para outro post.
Este segundo livro trata de um dos momentos mais importantes de nossa História, a nossa independência, hoje lembrada através de desfiles militares no dia 07 de setembro, mas a nossa independência é muito mais que um acontecimento militar, aliás, aquela imagem icônica de Dom Pedro I, montada em alazão, gritando Independência ou morte, às margens do rio Ypiranga, não passa de um embuste propagado em nossas mentes pelo regime militar durante a ditadura que assolou nosso país, sendo que esta mentira, até hoje é propagada em nossos livros escolares, do Norte ao Sul do país.
Um dia, assisti em um episódio de Arquivo X, que tem um antigo ditado índio que diz que uma coisa só vive enquanto uma ultima pessoa ainda lembrar dela. O povo indígena aprendeu a confiar mais na memória do que na História. A memória é como fogo, radiante e imutável, enquanto a História só serve para aqueles que a controlam. Aqueles que manipulam a chama da memória com o fim de apagar o perigoso fogo da verdade. Cuidado com esses olhos porque eles mesmos são perigosos e insensatos. Sua falsa História é escrita com o sangue daqueles que podem recordar e dos que procuram recordar.*
Obrigada Laurentino, por manter a chama da memória acesa para que nunca esquecemos a nossa verdadeira História.

*trecho retirado do episódio The Blessing Way - Temporada 3 de Arquivo X




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