sábado, 7 de junho de 2014

Divergente - Veronica Roth



O livro divergente caiu como uma bomba em minhas mãos durante a leitura do livro 1808, não resisti em embarcar em uma leitura que me consumiria exatamente 7 dias.
Foi extremamente interessante intercalar duas leituras tão distintas e ao mesmo tempo tão similares entre si. Enquanto 1808 baseia-se numa história real de nosso amado país, na época em que era apenas uma colonia de Portugal, Divergente nos apresenta um futuro sombrio da cidade de Chicago, em que a sociedade se divide em cinco facções: a Abnegação, a Amizade, a Audácia, a Franqueza e a Erudição.
Aos dezesseis anos os jovens são submetidos a um teste de aptidão e devem escolher a que grupo querem se unir para passarem o resto de suas vidas, nada muito distante da escolha que devemos fazer de 4 em 4 anos que decidem os rumos de nosso futuro em um processo chamado de eleição.
Estava tão empolgada com o roteiro que tinha em mãos pois unia minhas duas paixões: política e ficção científica, que nos preciosos intervalos do almoço em meu trabalho contava com entusiasmo a história para duas colegas minhas.
E o assunto Divergente na hora do almoço virou ritual sagrado, a cada dia as duas me cobravam novidades a cerca da história e se alguma faltava era necessário esperar o dia seguinte, pois ninguém queria ser deixado para trás nos acontecimentos da vida de Beatrice, protagonista da série.
E de repente estávamos totalmente imersas nas facções, tentando buscar informações a respeito das mesmas e naturalmente tentando buscar em qual delas nos encaixaríamos.
A Abnegação era de longe, a nosso ver, a facção com ideal mais bonito e por isso mais difícil, as vezes me via na Erudição devido ao meu amor aos livros, as vezes alguns testes me apontavam para Amizade, e até me via com ares de Audácia em alguns dos meus dias. E de repente, a pergunta: Será que eu seria Divergente? Uma revolucionária? Nos melhores moldes de um livro como 1808?
Infelizmente não consegui terminar o livro a tempo de ver Divergente na telona, apesar de saber que em 99% dos casos eu me decepciono com a adaptação, mas mal posso esperar para ler a sequencia: Insurgente e será delicioso intercalar com o livro 1822, sobre a independência do Brasil, livro a qual estou lendo no momento, será mais uma vez dois mundos distintos que se unem através de um elo que mistura ficção e realidade, provando mais uma vez, o que os estudos já apontavam, a leitura da ficção nunca é fútil, muitas vezes ela nada mais é que um espelho de nossa realidade, por isso é tão fácil envolver-se e emocionar-se com uma personagem como Beatrice, inexistente no plano físico porém, real em cada um de nós... 


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