"Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta mudaram a História de Portugal e do Brasil"
Há mais em comum entre Portugal e Brasil do que apenas a língua madre.
Não é apenas a palavra saudade, existente apenas em nossos dicionários portugueses que nos fazem compatriotas.
Nossos costumes, nosso mapa geográfico, nossas artes, e até o fato de preferirmos Cristiano Ronaldo a Messi, indicam traços de nosso colonizador.
Até o lado ruim nós herdamos, pois a corte portuguesa era considerada pelo restante dos europeus, uma corte esbanjadora, corrupta e sem modos, a escória da Europa...
Certa vez na aula de inglês o professor nos questionou se fossemos colonizados pelos ingleses, se o Brasil seria diferente.. Tenho a plena convicção de que sim, totalmente. Talvez o Brasil nem seria esse país imenso, pois muitos historiadores atribuem a coesão geográfica de nosso país ao fato de a corte portuguesa ter morado por 14 anos nessas terras tupiniquins, mas com certeza seria um país sempre pronto em tempo, pontual como um bom britânico e talvez apreciássemos mais uma xícara de chá do que o nosso tradicional cafezinho.
Até o conhecido jeitinho brasileiro, a famosa malandragem carioca, pode ter origens portuguesas, pois em seu diário, Napoleão admitiu que foi enganado apenas uma vez durante toda sua vida, e o autor da façanha? Dom João VI, que veio para os trópicos fugido das tropas napoleônicas que dominavam toda Europa, com essa manobra de mestre, o príncipe regente manteve seu país de origem e mudou a história de nosso país.
Sempre gostei de uma boa história, na escola sempre foi uma de minhas matérias preferidas, nos meus devaneios de aposentadoria me imagino fazendo a faculdade de história como um hobby de conhecimento. Acredito fortemente que uma nação torna-se grande aprendendo sua própria historia. É olhando para trás que mantemos os acertos e modificamos os erros. Apenas o passado nos dá essa visão de futuro, pois o futuro será um dia presente, que um dia foi passado.
Além disso, sempre aprendemos um pouco de nós mesmos ao debruçarmos sobre nossa própria trajetória. É uma estrada de autoconhecimento, da qual só temos a ganhar trilhando-a.
1808 deveria ser leitura obrigatória nas escolas e aprendizado obrigatório em nossas vidas.
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