sábado, 11 de janeiro de 2014

Nunca fui santo - O livro oficial do Marcos


A cada ano, a cada dia, a cada minuto, milhares de ídolos são fabricados. Contratos milionários são assinados e fã clubes são organizados. Verdadeiros modelos são construídos cada vez mais cedo, heróis são consagrados cada vez mais jovens e lendas partem para conquistar o mundo na idade mais tenra, como verdadeiros Alexandres. Eles não necessitam de guerra para abraçar a terra, muitos deles precisam apenas de uma bola e de muito, muito talento, uma pitada de sorte talvez.
E se Deus, que é brasileiro, presidir o fã clube, o ídolo chega em seu eldorado, a camisa dourada, canarinha, verde amarela da seleção brasileira...
Porém, quantos conseguem transpor a barreira de seu clube e seleção para se tornar unanimidade? Apenas santos... E ele é, é São Marcos, as mãos douradas dos corações palmeirenses e canarinhos...
Mas ele é o primeiro a levantar os seus dedos para o céu e apontar: Nunca fui santo.. Porém, o santo alviverde acostumou-se com a alcunha... "é como animal para Edmundo, matador para Evair. O pessoal cria, fica legal e pega. Não tem como fugir. É só a turma não achar que eu tenho de ser santo o tempo todo. Aliás, não sou em tempo algum. Mas, naqueles jogos, estava mesmo iluminado"...
E quão iluminado foi rever cada momento, alguns jamais saíram da minha memória, de outros era muito jovem para lembrar mas foi bom descobrir ou rememorar...
Marcos, para além do atleta e profissional exemplar, sempre foi um ótimo contador de causos. Como um bom sujeito do interior. Já posso até imaginar uma caricatura do santo, embaixo da trave onde a coruja dorme, com uma bituca de cigarro e uma caneca de café, ou quem sabe cachaça, a contar histórias de sua vida, e quem não a viveu poderia tomar cada uma delas como história de pescador, mas é história de santo... Verdadeiros milagres.
Talvez mãos palmeirenses conduziram a escrita deste post, um tanto quanto tendencioso, porém atire a primeira pedra quem nunca sonhou com os feitos de um ídolo, e que alegria, um ídolo a qual eu ainda consegui ver atuar, em um jogo tão especial como o dos 500 jogos do meu careca favorito.
O único porém é que a devota aqui, que vos escreve, nunca pôde estar cara a cara com seu ídolo, na minha terra, em Porto Velho, ainda guardo um poema em que um dia sonho em entregar nas mãos santas de São Marcos, que um dia já me fizeram chorar mas, sobretudo, que até hoje me faz sorrir.
Obrigado Marcos Roberto Silveira Reis, ou simplesmente São Marcos.


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