"Vivemos em uma época que buscamos explicações racionais para os acontecimentos. Mas nem tudo pode ser transformado em uma equação matemática. Existem outras formas de entender o mundo. Não se pode desprezar a intuição, a fé e os sentimentos. É preciso olhar além daquilo que vemos. Para o que enriquece a alma. Para o que eleva o espírito. Olhar com os olhos da alma. Do coração. Do amor. Só assim saberemos que a caminhada ao longo da vida valeu a pena. Que deixamos nossa marca. Nosso rastro. Nossa luz. Que não deixamos sentimentos pendentes. Que realmente fomos felizes".
Walcyr Carrasco marcou a ferro sua passagem neste mundo. Detentor de um sucesso irrefutável conseguiu um feito inédito na Rede Globo de televisão: possuir três novelas no ar simultaneamente: O cravo e a rosa, Caras e Bocas (ambas no Vale a pena ver de novo, sendo que o Cravo e a Rosa encontra-se em sua terceira exibição na emissora) e Amor a vida (sua primeira novela no horário nobre).
E a contar os louros do seu sucesso, refletidos nos altos índices de audiência, o talentoso autor de folhetins adentra um universo mais amplo e profundo: a literatura. E quando mergulha-se a primeira vez em águas misteriosas e desconhecidas, os sábios levam consigo experiências de caminhos antes percorridos. E Walcyr, como sábio que demonstra ser, vide tamanho sucesso, mergulha fundo na escrita de uma matéria que conhece bem: a reencarnação.
O autor de novelas teve como primeiro sucesso arrebatador, a novela Alma gêmea, que apesar da terrível protagonista interpretada por Priscila Fantin, possuía uma história ríquissima, digna de prender os tupiniquins nas telinhas espalhadas pelo Brasil inteiro.
Em juntos para sempre, voltamos as vidas passadas, uma leitura fácil de ser lida e gostosa de ser imaginada como qualquer capítulo de novela. Não é difícil imaginar uma adaptação para as telinhas em uma minissérie, em meus pensamentos Thiago Lacerda e Cléo Pires desempenharam um bom papel, com certeza teríamos mais um campeão de audiência e não será agora que a luz de Walcyr irá se apagar, ela continuará irradiando, seja nas telas de LCD nos lares brasileiros, seja nas prateleiras de uma imensa e arejada biblioteca.
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