Antes mesmo de
seriados e filmes de investigação criminal serem uma mania internacional,
capazes de alavancar pretensões à carreira policial, povoavam na cabeceira de
muitos aficionados por leitura policial, livros como os de Agatha Christie.
E quando um
gênero torna-se uma febre, proliferando em diversas salas de cinema, difícil é
separar o joio do trigo. Desfilam-se, assim, uma sucessão de roteiros
enfadonhos e previsíveis para serem alojados na prateleira do estilo CSI, por
serem mais do mesmo, disponíveis apenas pelo motivo de: não era isso o que você
queria ouvir? Ou ver?
É nesse
panorama que surge “Os suspeitos”,
diferente dos livros, são poucos os filmes que conseguem serem inovadores nessa
área, podemos enumerar sem maiores problemas os que conseguem alcançar o
patamar de SEVEN – Os sete pecados
capitais, justamente porque os melhores estabeleceram um patamar quase
Herculóide a ser alcançado.
Então, vamos
aos suspeitos. O roteiro inicia predestinado a ser mais um. Desaparecimento,
crianças, o investigador obstinado, o pai devotado, a busca incessante, algumas
prisões de respiração da plateia. Porém, o que começa como um drama pontuado de
elementos clássicos ao estilo Sherlock Holmes, torna-se, em um piscar de olhos
em um filme digno de ser notado e anotado no bloco de anotações do melhor detetive.
O único ponto de incômodo foi o final, em parte pela sensação de... Pera aí...
Acabou?
Uma das pistas
mais contundentes para a aclamação do público e da crítica, provavelmente seja
as interpretações. Jake Gyllenhaal nos presenteia, mais uma vez, anteriormente
atuou no filme Zodíaco, só que
trocando de peles, o cartunista desta vez torna-se o policial obstinado. E a
doce surpresa, com uma interpretação nada doce, temos Hugh Jackman, que pelo
menos para mim deixou de ser apenas o ator que interpreta Wolverine. Sendo que,
jamais poderia deixar de fora, a interpretação do então novato para os meus
olhos, mas com a interpretação de um veterano: Paul Dano.
Roteiro.
Elenco. Interpretação. Suspense. Emoção. Drama. Elementos de um grande clássico
investigativo. Não poderia ter outra fórmula senão a do sucesso. Elementar meu
caro Watson, disse Holmes ao assistir Os
suspeitos.
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