"Sombras nunca vão embora. Pode ser que você não as veja, mas elas sempre estão agarradas aos seus calcanhares."
Assim é a escrita de George R. R. Martin, envolvente em sua dança, hipnotiza os olhares do leitor e, no momento que o mesmo acostuma a retina à uma dança suave, o mais imprevisível giro arremessa a vítima no alto, desafiando todas as leis da gravidade, como na mais ousada acrobacia de um samba. E de repente, sem fôlego, o desatento leitor é empurrado mais uma vez para o chão, com a história de Martin agarrada em seus calcanhares.
"Mesmo os menores arranhões podem se provar mortais" E o quinto livro das crônicas de gelo e fogo, é uma ferida aberta, que pulsa, gangrena mas não cura.
É impossível ler cada página deste livro e permanecer incólume.
Cada folha lida era um prenúncio para a ansiedade para o próximo livro, denominado os ventos do inverno.
Já dizia os sábios Stark: The winter is coming. E ele está cada vez mais próximo, sussurando em nossos ouvidos, revelando seus mistérios, agarrando com seus dedos frios. Porém, a continuação deste épico está ainda ao longe, talvez venha nos lombos de Viserion, Rhaegal e Drogon ou nos passos errantes dos white walkers, conhecido em terras tupiniquins como "os outros". Os outros são os seres estranhos que ainda não se renderam à mágica de Martin.
Cada escolha tem seu risco, cada risco, suas consequências, porém jogarei o jogo até o final.
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