quinta-feira, 7 de março de 2013

Amor




Filmes europeus traduzem-se pela delicadeza no contar de uma história, como um traçado impressionista de Van Gogh, demonstrado logo no início do filme, no close do café da manhã do casal protagonista da história, onde os mesmos desfrutam de ovos pochês, uma declaração de que estamos diante de um filme francês, antes mesmos de os atores firmarem seus biquinhos para iniciar o diálogo na linguagem original, esqueçam o bacon com ovos, estamos diante da suavidade europeia, une finesse.
Suavidade traduzida na primeira refeição do dia e no título da película: Amor, ou simplesmente Amour, afeição viva por alguém ou por alguma coisa, sentimento apaixonado por outra pessoa, paixão, gosto vivo por alguma coisa, sentimento de adoração, pessoa amada, zelo, dedicação.
E a delicadeza e a sutileza de um filme europeu, neste caso, param no título do filme, na língua pátria dos personagens e na cena do café da manhã. Amor é como uma paixão: brutal, visceral, cru, chocante.
Amor? Amour?
Um Romeu e Julieta às avessas?
Como seria se em um ato de desespero, Romeu, não podendo mais ter um restício do ser amado, ao invés de tirar a própria vida tirasse a vida de Julieta? Bizarro? Amor? Penalmente ele seria condenado por um ato de amor passional... Tomado por forte emoção... Que deturpa o senso de realidade...
Amor é um bom título se como o filme você acreditar que o amor pode leva-lo ao estado de loucura.
Amor quem o explica?



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