Filmes europeus traduzem-se pela
delicadeza no contar de uma história, como um traçado impressionista de Van
Gogh, demonstrado logo no início do filme, no close do café da manhã do casal
protagonista da história, onde os mesmos desfrutam de ovos pochês, uma
declaração de que estamos diante de um filme francês, antes mesmos de os atores
firmarem seus biquinhos para iniciar o diálogo na linguagem original, esqueçam o
bacon com ovos, estamos diante da suavidade europeia, une finesse.
Suavidade traduzida na primeira
refeição do dia e no título da película: Amor, ou simplesmente Amour, afeição viva por alguém ou
por alguma coisa, sentimento apaixonado por outra pessoa, paixão, gosto vivo
por alguma coisa, sentimento de adoração, pessoa amada, zelo, dedicação.
E a delicadeza e a sutileza de um
filme europeu, neste caso, param no título do filme, na língua pátria dos
personagens e na cena do café da manhã. Amor é como uma paixão: brutal, visceral, cru,
chocante.
Amor? Amour?
Um Romeu e Julieta às avessas?
Como seria se em um ato de
desespero, Romeu, não podendo mais ter um restício do ser amado, ao invés de
tirar a própria vida tirasse a vida de Julieta? Bizarro? Amor? Penalmente ele seria condenado
por um ato de amor passional... Tomado por forte emoção... Que deturpa o senso
de realidade...
Amor é um bom título se como o filme
você acreditar que o amor pode leva-lo ao estado de loucura.
Amor quem o explica?
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