sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A viagem




Lana e Andy Warchowsky, desde a trilogia Matrix, mostram que realizam filmes para poucos escolhidos.
Matrix, por exemplo, que tem a sua história baseada em um livro de ficção científica denominado Neuromancer, o qual introduzia novos conceitos para a época, como inteligências artificiais avançadas e um cyberespaço quase que “físico”, teve a difícil missão de transformar um assunto tão complexo como a realidade paralela, em algo digerível para o grande público, feito conseguido pela trilogia com maestria.
A viagem segue o mesmo caminho, mesmo com um grande elenco composto por estrelas de Hollywood como: Tom Hanks, Halle Berry, Jim Sturguess, dentre outros, dificilmente o filme agradará os não habituados com a ficção científica, restando alguns poucos Neos para apreciarem a história.
O filme lembrou-me um pouco a série televisiva Lost, primeiramente por mostrar histórias com espaço-tempo diferentes acontecendo simultaneamente, depois por abordar em uma mesma história temas tão distantes quanto: a ciência e a crença. Assim como a série americana, apenas os fãs mais ávidos de Sci Fi saberão apreciar o que a história tem de melhor.
O filme, apesar de toda a atmosfera futurística, com cenas fotográficas estonteantes, têm um forte apelo espiritualista, com a mensagem implícita de que nossas ações no passado refletem em nossas encarnações futuras, devido a isso os atores desdobram-se em vários personagens, feito que o elenco de primeira tira de letra.
A viagem é interessante como um bom livro antigo, se você está acostumado com uma leitura fácil nem cogite entrar na sala do cinema, porém se você tem a mente aberta para uma linguagem um pouco mais complexa, garanto que a dificuldade em assistir um filme como esse é superado pela qualidade de uma história, o tema pode até ser batido mas, o que realmente importa em uma história é a forma como ela é contada, então embarque nessa viagem agora mesmo.



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