Lana e Andy Warchowsky, desde a
trilogia Matrix, mostram que realizam filmes para poucos escolhidos.
Matrix, por exemplo, que tem a sua
história baseada em um livro de ficção científica denominado Neuromancer, o
qual introduzia novos conceitos para a época, como inteligências artificiais
avançadas e um cyberespaço quase que “físico”, teve a difícil missão de
transformar um assunto tão complexo como a realidade paralela, em algo
digerível para o grande público, feito conseguido pela trilogia com maestria.
A viagem segue o mesmo caminho,
mesmo com um grande elenco composto por estrelas de Hollywood como: Tom Hanks,
Halle Berry, Jim Sturguess, dentre outros, dificilmente o filme agradará os não
habituados com a ficção científica, restando alguns poucos Neos para apreciarem
a história.
O filme lembrou-me um pouco a
série televisiva Lost, primeiramente por mostrar histórias com espaço-tempo
diferentes acontecendo simultaneamente, depois por abordar em uma mesma
história temas tão distantes quanto: a ciência e a crença. Assim como a série
americana, apenas os fãs mais ávidos de Sci Fi saberão apreciar o que a
história tem de melhor.
O filme, apesar de toda a
atmosfera futurística, com cenas fotográficas estonteantes, têm um forte apelo
espiritualista, com a mensagem implícita de que nossas ações no passado
refletem em nossas encarnações futuras, devido a isso os atores desdobram-se em
vários personagens, feito que o elenco de primeira tira de letra.
A viagem é interessante como um
bom livro antigo, se você está acostumado com uma leitura fácil nem cogite
entrar na sala do cinema, porém se você tem a mente aberta para uma linguagem
um pouco mais complexa, garanto que a dificuldade em assistir um filme como
esse é superado pela qualidade de uma história, o tema pode até ser batido mas,
o que realmente importa em uma história é a forma como ela é contada, então
embarque nessa viagem agora mesmo.
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