quarta-feira, 25 de abril de 2012

Espelho, espelho meu


Tudo começou em 1902, quando uma rainha má resolve, por inveja e vaidade, mandar matar a sua enteada, Branca de Neve, a mais linda de todas, mas o carrasco que deveria assassiná-la a deixa partir e, durante sua fuga pela floresta, encontra a cabana dos sete anões, que trabalham em uma mina e passam a protegê-la. Algum tempo depois, quando descobre que Branca de Neve continua viva, a Bruxa Má disfarça-se e vai atrás da moça com uma maçã envenenada, que faz com que Branca de Neve caia em um sono profundo por toda a eternidade. 
Esse clássico da literatura infantil, imortalizado pelos estúdios Disney em 1938, teve diversas releituras e adaptações, tanto na literatura quanto no cinema.
Na versão da Disney, Branca de Neve é despertada de seu sono pelo beijo do príncipe encantado, a exemplo do que acontece em A bela adormecida. E, nesta adaptação, o princípe chegou a conhecê-la enquanto estava acordada.
Conforme os anos foram passando, Branca de Neve foi: paródia, erótica, pornochanchada, série, curta-metragem, filme de terror, documentário e animação...
A história jorra de uma fonte inesgotável de inspiração, que é o gênero conto de fadas, e a mais nova adaptação é o seriado Once Upon a Time, onde Branca de Neve e outros personagens do mesmo gênero são amaldiçoados e ficam presos, sem memória, em nosso mundo.
Os elementos presentes são os mesmos: uma madrasta, uma princesa, um princípe encantado, os sete anões, uma maçã e um espelho, espelho meu...
O que leva os telespectadores a verem a mesma história, mais e mais uma vez?
O que mudou...
E espelho, espelho meu... mudou para atrair o público, porém permaneceu preso às origens, mesmo que a maçã não tenha sido mordida afinal...


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