domingo, 26 de abril de 2015

Insurgente - O filme




Desde Senhor dos Anéis carrego em mim uma velha mania: a de conferir, mesmo após ter lido o livro, a adaptação do mesmo nas telonas. Sou aficionada por esses objetos de papel, mas, não sou xiita a ponto de não tolerar uma mudança, quando esta contribui para a fluência da história. Mas, o que fizeram com Insurgente foi demais para mim, a história não foi mudada, ela foi desfigurada, aleijada, até sobrarem apenas efeitos especiais.
Este é o mal do cinema no século XXI, tanto avançou-se em efeitos especiais, que a história (o mais importante na minha opinião), fica regalada a segundo plano, um mero acessório para a ação exacerbada e sem limites. E o pior, no caso de Insurgente, é que a história foi retalhada até sobrar apenas um roteiro confuso e sem sentido, esvoaçando em direção a uma continuação que, sinceramente, não sei em que bases irá se sustentar. Em efeitos especiais? As salas de cinema já estão cheias deles e com adaptações muito melhores.
Comparemos com Jogos Vorazes, por exemplo, em que foi possível visualizar uma crescente evolução a cada filme lançado, tanto em efeitos, como em interpretação e amadurecimento dos personagens, bem como na forma em que a história foi sendo conduzida na película. Inclusive, você consegue ver uma afeição verdadeira no casal protagonista da trama. Diferente dos atores que interpretam Tris e Quatro em que você não consegue visualizar nenhuma faísca de química.
É uma pena, pois, temos uma história promissora que foi desperdiçada em nome de se fabricar filmes para fazer dinheiro. Uma tendência do mundo moderno. Talvez eu tenha aprendido minha lição e não assista mais filmes dos quais eu tenha lido o livro, ou talvez não. No final eu não resisto em dar aquela espiadinha.


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