Desde Senhor dos Anéis carrego em mim uma velha mania: a de conferir,
mesmo após ter lido o livro, a adaptação do mesmo nas telonas. Sou aficionada
por esses objetos de papel, mas, não sou xiita a ponto de não tolerar uma
mudança, quando esta contribui para a fluência da história. Mas, o que fizeram
com Insurgente foi demais para mim,
a história não foi mudada, ela foi desfigurada, aleijada, até sobrarem apenas
efeitos especiais.
Este é o mal do cinema no século
XXI, tanto avançou-se em efeitos especiais, que a história (o mais importante
na minha opinião), fica regalada a segundo plano, um mero acessório para a ação
exacerbada e sem limites. E o pior, no caso de Insurgente, é que a história foi retalhada até sobrar apenas um
roteiro confuso e sem sentido, esvoaçando em direção a uma continuação que,
sinceramente, não sei em que bases irá se sustentar. Em efeitos especiais? As
salas de cinema já estão cheias deles e com adaptações muito melhores.
Comparemos com Jogos Vorazes, por exemplo, em que foi
possível visualizar uma crescente evolução a cada filme lançado, tanto em
efeitos, como em interpretação e amadurecimento dos personagens, bem como na
forma em que a história foi sendo conduzida na película. Inclusive, você
consegue ver uma afeição verdadeira no casal protagonista da trama. Diferente
dos atores que interpretam Tris e Quatro em que você não consegue visualizar
nenhuma faísca de química.
É uma pena, pois, temos uma
história promissora que foi desperdiçada em nome de se fabricar filmes para
fazer dinheiro. Uma tendência do mundo moderno. Talvez eu tenha aprendido minha
lição e não assista mais filmes dos quais eu tenha lido o livro, ou talvez não.
No final eu não resisto em dar aquela espiadinha.
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