domingo, 6 de abril de 2014

12 anos de escravidão


Desde tempos remotos o mal é representado por um ser horrendo, com chifres e rabos, geralmente portando um tridente. Mas, registros nos mostram que o mal, na maioria das vezes, vem transvestido em uma pele alva e, quiçá, lindos olhos azuis.
Não pretendo ser preconceituosa, Hitler nos mostrava a brancura da sua pele, contrastada por sua alma negra... Mas, talvez, se pensarmos um pouco, apenas em histórias infantis a vilã é feia como uma bruxa com uma verruga na ponta do nariz. Na Disney, o lindo sempre é o príncipe encantado, na vida real quem vê cara, dificilmente vê coração.
Talvez essa seja a intenção do mal, cegarmos a todos e não vermos quão horrível é sua verdadeira face, porém esqueçamos maçãs e foquemos em almas envenenadas.
É fácil para as pessoas lembrarem os horrores do holocausto como o evento mais abominável da humanidade, talvez pelo fato de terem ocorrido com pessoas de pele alva, com uma boa condição social, e em uma época de pensamentos intelectuais, o nazismo talvez tenha sido uma personificação do mal, mas, não foi o único e temo que nunca seja o último.
Em pleno século XXI, quando bananas são lançadas nos estádios como um ato de asco a jogadores negros, seus antepassados viviam como verdadeiros animais, e se hoje o preconceito é velado, antigamente era normal, humano até.

12 anos de escravidão choca, esmaga sua alma, chicoteia sua pele com imagens, rasga sua carne com sentimentos, e foi baseada em fatos reais. É, meu caro leitor, a vida nunca é um conto de fadas. Pelo contrário, ela é um vale de lágrimas, estas que eram ouvidas por mim durante toda a sessão. Meus canais lacrimais não jorraram uma gota, porém meus olhos ficaram marejados ao final, talvez porque pelo menos nos filmes gosto de chorar de alegria...


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