Desde tempos remotos o mal é
representado por um ser horrendo, com chifres e rabos, geralmente portando um
tridente. Mas, registros nos mostram que o mal, na maioria das vezes, vem
transvestido em uma pele alva e, quiçá, lindos olhos azuis.
Não pretendo ser preconceituosa,
Hitler nos mostrava a brancura da sua pele, contrastada por sua alma negra...
Mas, talvez, se pensarmos um pouco, apenas em histórias infantis a vilã é feia
como uma bruxa com uma verruga na ponta do nariz. Na Disney, o lindo sempre é o
príncipe encantado, na vida real quem vê cara, dificilmente vê coração.
Talvez essa seja a intenção do
mal, cegarmos a todos e não vermos quão horrível é sua verdadeira face, porém
esqueçamos maçãs e foquemos em almas envenenadas.
É fácil para as pessoas lembrarem
os horrores do holocausto como o evento mais abominável da humanidade, talvez
pelo fato de terem ocorrido com pessoas de pele alva, com uma boa condição
social, e em uma época de pensamentos intelectuais, o nazismo talvez tenha sido
uma personificação do mal, mas, não foi o único e temo que nunca seja o último.
Em pleno século XXI, quando
bananas são lançadas nos estádios como um ato de asco a jogadores negros, seus
antepassados viviam como verdadeiros animais, e se hoje o preconceito é velado,
antigamente era normal, humano até.
12 anos de escravidão choca,
esmaga sua alma, chicoteia sua pele com imagens, rasga sua carne com
sentimentos, e foi baseada em fatos reais. É, meu caro leitor, a vida nunca é
um conto de fadas. Pelo contrário, ela é um vale de lágrimas, estas que eram
ouvidas por mim durante toda a sessão. Meus canais lacrimais não jorraram uma
gota, porém meus olhos ficaram marejados ao final, talvez porque pelo menos nos
filmes gosto de chorar de alegria...
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