Os filmes de Quentin Tarantino
são como uma impressão digital, únicos e pessoais. Os traços característicos do
autor estão presentes por todo o filme como uma marca d’ água. Logo no início,
nos créditos da distribuidora cinematográfica temos uma imagem do logo antigo
da Columbia Sony Pictures, e é esse o clima dos filmes do Quentin, uma imagem
meio chuviscada, com linhas verticais na tela, como se estivéssemos assistindo
a tv na casa da nossa avó, ou bisavó.
Retrô,
nunca sai de moda.
Além do ar “em algum lugar do passado” temos os elementos típicos de um
faroeste: o xerife, o mocinho, o bandido, o cavalo (não qualquer cavalo, mas,
um que cumprimenta as pessoas), o bang bang, e até as cabras, porque filmes de
western sem cabras... Porém, o diretor não seria Tarantino se a marca d’ água
não estivesse lá, e foi uma marca bem peculiar, digna do próprio, uma trilha
sonora no melhor estilo 50 Cent, sim
o rap contido no filme foi estranho, porém, totalmente conveniente, um bizarro
que dá certo, e não seria assim se não fosse esse o diretor.
Ao assistir Kill Bill pela primeira vez, sempre imaginei que Quentin acertaria
em cheio fazendo um faroeste, pois quem melhor do que ele escreveria uma
história de vingança e amor, salpicada, ou melhor, ensopada de tanto sangue?
Não consigo imaginar ninguém que alcançaria o feito sem parecer démodé.
A salada de estilos que o diretor
consegue em seu roteiro é um prato cheio, multicolorido, que não enjoa e deixa
um leve gostinho de quero mais, um filme de Tarantino é como um prato cheio de
sabores, que estimula todas as suas sensações, indo do amargo ao doce, passando
pelo azedo. Indo de uma comédia ao drama, passando pelo romance e ação.
Alguns críticos podem usar uma
frase do filme: “Sem citar nomes mas poderia
ser melhor...” Não, não poderia, se você acha que sim, apenas posso lhe
considerar um crítico frustrado que queria ser diretor mas não possui a
genialidade de uma mente fértil e talentosa como a de Quentin. E talento uma
hora ou outra esbarra em outro talento, como um imã, e finalmente os pólos
magnéticos do Tarantino colidiram com o Dicaprio, sensacional na pele de
Monsieur Candie, proprietário da CandyLand, que de doce não possui nada além do
rostinho belo de Leo, que não se intimida ao interpretar ao lado do espetacular
Samuel L. Jackon, nada mais a dizer... Pois, Samuel é apenas Samuel e nada
mais...
Quentin Tarantino, você tinha minha curiosidade, agora têm minha atenção...
Ivana, suas críticas estão cada vez melhores!
ResponderExcluirObrigada Jamile pelo elogio!!! Curta a página aqui ao lado para que você sempre receba as atualizações =) Beijos
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